As doenças periodontais dividem-se em dois grandes grupos: as gengivites e as periodontites. Nas gengivites há uma inflamação superficial da gengiva, sendo facilmente tratadas, com recuperação total dos tecidos. Nas periodontites há uma destruição das estruturas mais profundas, com reabsorção do osso, e se não tratadas, podem levar à perda do dente. Geralmente não causam dores, mesmo nos casos mais avançados.
Periodontia
A Periodontologia é a especialidade da Medicina Dentária que se dedica à prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças que afectam os tecidos que envolvem e suportam os dentes que incluem, para além da gengiva, o osso alveolar e outras estruturas responsáveis por manter os dentes firmemente implantados nos maxilares.
O que são doenças periodontais?
É normal que a gengiva sangre?
O sinal que mais precocemente nos avisa da existência de problemas na gengiva é a ocorrência de sangramento gengival espontâneo ou após a escovagem. Uma gengiva que sangra pode apresentar uma gengivite (forma menos grave) ou uma periodontite (forma mais grave). Em casos particulares, como quando associado à toma de certos medicamentos ou em certas doenças, pode haver uma maior tendência ao sangramento gengival.
Qual a causa das doenças periodontais?
A causa mais frequente das doenças periodontais são bactérias. Na boca existem mais de 300 tipos diferentes e muitas delas são potencialmente lesivas para a gengiva. As bactérias que vivem na boca acumulam-se na superfície dos dentes e no sulco gengival, constituindo a placa bacteriana. Quando as bactérias crescem em número ultrapassando um certo nível, produzem as doenças periodontais.
A mobilidade dentária associada às doenças gengivais é reversível?
Nos casos em que a mobilidade não é muito acentuada, pode diminuir após o tratamento. Contudo, pode não desaparecer totalmente porque, geralmente, a quantidade de osso não aumenta após o tratamento da periodontite. Esta é uma das razões que justifica a necessidade de fazer o diagnóstico e tratamento precoce das doenças periodontais.
As doenças periodontais são hereditárias?
Para ter periodontite é necessária a presença de bactérias. No entanto, a gravidade das lesões depende da susceptibilidade individual que é uma característica geneticamente determinada. Tendo em conta que hoje em dia pouco podemos fazer para modificar a predisposição genética, a forma de prevenir e tratar as periodontites é através do controlo da placa bacteriana. Frequentemente, as pessoas que têm periodontite, sobretudo as formas mais graves, conhecem parentes próximos que também são afectados, o que representa o carácter familiar-hereditário.
A doença periodontal tem cura?
O tratamento das doenças periodontais consegue suster o avanço da doença, mas não consegue, na maioria dos casos, curar no sentido de repor os tecidos perdidos. Por outro lado, a periodontite é uma doença crónica, pelo que é fundamental frequentar as consultas regulares de manutenção. Caso contrário, a doença volta a reactivar-se. Nas formas mais agressivas, como nos casos que aparecem em crianças ou adultos jovens, em fumadores de mais de 20 cigarros por dia, ou em algumas doenças sistémicas, como a diabetes não controlada, o tratamento pode não resultar no controlo total da doença, mas no seu avanço mais lento.
Com que idade se iniciam as doenças periodontais?
As formas mais frequentes aparecem nos adultos, iniciando-se em idades jovens à volta dos 30 anos. Geralmente quanto mais jovem é a pessoa, maior a probabilidade de aparecimento de uma forma grave de periodontite e que necessita de mais cuidados. Raramente as doenças periodontais afectam crianças, mas quando aparecem são formas graves que ameaçam de forma séria a dentição e inclusive a própria saúde geral.
As doenças periodontais estão entre as mais frequentes da raça humana. A gengivite afecta quase a totalidade da população, tanto infantil como adulta. A periodontite afecta quase um em cada dois adultos com mais de 35 anos.
Como se tratam as doenças periodontais?
O tratamento tem por objectivo a eliminação das bactérias responsáveis e o controlo dos factores que aumentam a susceptibilidade às doenças periodontais, como o tabaco e algumas doenças sistémicas, criando condições para que a doença se possa manter controlada a longo prazo.
Nas gengivites, é suficiente uma melhoria da higiene oral pelo doente e um tratamento de profilaxia, rápido e fácil. Nas periodontites, o tratamento desenrola-se em várias fases. Em primeiro lugar, realiza-se um estudo periodontal clínico e radiológico para avaliar a situação, fazer um diagnóstico e traçar um plano de acção. Seguidamente, efectua-se a fase básica do tratamento para remoção da placa bacteriana da bolsa periodontal, que se designa como raspagem e alisamento radicular. Em bolsas profundas é necessário fazer, adicionalmente, uma pequena cirurgia periodontal correctiva. Após a doença estar controlada, inicia-se a fase de tratamento de manutenção.
Como sei que a minha gengiva está doente?
Os sintomas são o sangramento espontâneo ou durante a escovagem, o aparecimento de pus na gengiva, mau sabor ou mau hálito, gengiva muito vermelha, retracção da gengiva, alteração da posição dos dentes e até mobilidade dentária. O diagnóstico só pode ser feito pelo médico dentista pelo, que se apresentar qualquer destes sinais, deverá consultá-lo para que o seu caso seja avaliado.
A escovagem normal é suficiente para prevenir a doença periodontal?
Não. Como a escova não alcança os espaços interdentários, é necessário usar o fio dentário ou os escovilhões interdentários para manter esses espaços livres de placa bacteriana. Contudo, a utilização destes instrumentos, no início, é difícil e morosa, requerendo alguma aprendizagem e prática. Com o ganho de destreza manual é possível passar o fio e/ou o escovilhão em toda a boca em poucos minutos.
Se ao aplicar o fio dentário sentir mau hálito, significa que esse espaço contém bactérias responsáveis pelas alterações da sua gengiva. Esse cheiro será pior quanto mais tempo passar entre cada higienização interdentária.
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